Já
começou 2012 e estou longe de iniciar minhas (velhas) promessas de ano novo. A
lista é grande e confesso que acabo sendo repetitivo. Os itens: “emagrecer” e
“entrar na academia” todo ano estão lá, firmes e fortes (só no papel!).
É
impressionante como cansa essa vida de gordo. Você está sempre se policiando em
comer um doce aqui, abusar numa pizza ali, olha o sorvete no verão...
Acho
graça quando vejo eu e meu irmão do meio sempre lutando com a balança, enquanto
o mais velho, com quase quarenta, esnoba a forma física de atleta. Genética é
um problema para ser tratado em terapia. Como um filho nasceu tão diferente dos
outros?
Semana
passada ele me liga: “e aí, quando vamos lá na academia que você falou?”. Eu
respondo: “hum... vamos amanhã, pode ser?”. Afinal de contas, quem odeia
academia sempre precisa de uma companhia para “um apoiar o outro”. Isso
funciona até a terceira semana, porque depois sempre rola uma desculpa “hoje
não posso, vai você”.
Fomos lá
com a certeza que iríamos começar naquela semana. Conversamos com o gerente,
choramos um desconto para família... aí meu irmão solta: “ok, nós vamos
analisar a proposta e depois voltamos”. Como assim analisar a proposta? Qual
negócio estamos fechando? Nessas horas não dá para você pensar muito não. Tem
que fechar antes que desista.
Saímos de
lá sem resolver nada. Essa semana, ele me liga: “e aí, vamos lá na academia
fechar o pacote?”. Eu respondo: “ah... vamos, pode ser quarta?”. Bem, a quarta
já passou e ainda não voltamos na academia nem para fazer a matrícula. Estamos
começando bem nosso ano.
Pelo
menos já agendei uma consulta com a nutricionista, mas só para 1º de fevereiro
– era a única data disponível... fazer o quê? O problema que até lá, é óbvio
que o meu pensamento de gordo só consegue imaginar “opa, tenho aí janeiro para
comer tudo que não vou poder comer depois”.